Friday, October 29, 2004

Momento

Mineral com gás, limão e gelo.

Wednesday, October 27, 2004

Triste

É realmente muito triste ver o meu time do coração na posição em que se encontra no Campeonato Brasileiro. Lastimável ver um clube de tradição e com passagens tão significantes na história do futebol mundial ser guiado por comandantes tão incompetentes e representado por jogadores tão apáticos. Mas mais triste ainda são as inscrições do campeonato brasileiro já terem se encerrado. Tenho certeza que meu futebol ajudaria.

Feliz

Fico feliz que as coisas tenham se resolvido. Quer dizer, que nós tenhamos resolvido as coisas. E hoje eu consigo olhar para o azul ali de cima e perceber a beleza que pinta o dia. Ontem isso não me era permitido.

Obrigado. E o seu sorriso é realmente um alento, um colosso, um motivo para suspiros e outros sorrisos.

Tuesday, October 26, 2004

Do Rubem Braga

Um Braço de Mulher
(...) Talvez fosse até bom sentir um choque brutal e tudo se acabar. A morte devia ser aquilo mesmo, um nevoeiro imenso, sem cor, sem forma, para sempre.
Senti prazer em pensar que agora não haveria mais nada, que não seria mais preciso sentir, nem reagir, nem providenciar, nem me torturar; que todas as coisas e criaturas que tinham poder sobre mim e mandavam na minha alegria ou na minha aflição haviam-se apagado e dissolvido naquele mundo de nevoeiro.(...)


Recortei esse trecho. Outro dia passei por uma situação em que pressenti que seria assaltado. Num lampejo de pensamento, me vi confrontando o assaltante e sendo assassinado. Mas a idéia da morte naquele momento até que me confortou. E pela primeira vez na vida não tive medo de morrer. Evidentemente minha previsão não se fez verdade e eu pude voltar a desfrutar do medo que sempre me habitou. Um medo de não viver. Um receio e uma angústia de confrontar a morte e não vivenciar apoteoses que ainda me estão reservadas nos anos que se seguem.

Releituras.com

Sei que para muitos não é novidade nem nada, mas é confortante saber que temos acesso simples e ágil a obras de belos escritores. E eu realmente preciso, nesse momento talvez mais do que nunca, das palavras elaboradas e da visão de mundo de todo esse pessoal. Vou lendo e relendo em busca de respostas.

Mas não adianta, né? Vai tudo da minha interpretação. Peço pra que me ensinem a viver, mas o aprendizado se dá na prática.

Monday, October 25, 2004

*** Dia de suspiros ***

Uma vez eu assisti a uma palestra do publicitário Stalimir Vieira. Fazem já alguns 3 ou 4 anos, mas ainda hoje lembro de algo que ele falou que realmente faz sentido: as mulheres são muito melhores para solucionar problemas racionais do que homens. É só pôr uma mulher na frente de um problema que a primeira coisa que ela faz é dar um passo pra trás pra poder enxergar um panorama geral do cenário. O homem concentra-se num único ponto e acaba por vezes relegando detalhes importantes para um segundo plano.

Eu sou muito homem nesse sentido. Não consigo abstrair o suficiente para analisar certas coisas de forma racional. E eu queria mesmo ter respostas pras dúvidas de hoje. Queria que todos meus problemas fossem tão simples quanto os de ontem, pois pra esses eu já tenho as soluções. Queria não magoar ninguém, ser o melhor para imprimir somente sorrisos nos rostos dos que me circundam. Queria simplesmente olhar pra ti e dizer de novo que o teu sorriso é o mais lindo do mundo. Queria te dizer que, mesmo que fiques triste por um tempo, eu quero, com todas as minhas forças, fazer o certo, ao menos uma vez na minha vida, pra que esse sorriso não se apague nunca NUNCA mais. Não por culpa minha. Tu não merece ser magoada por ninguém porque pessoas boas não merecem a tristeza. E sem sombra de dúvidas és a melhor pessoa que conheci nos últimos dois anos. E isso ninguém me tira.

Wednesday, October 20, 2004

"Eu morro e não vejo tudo."

Ontem estacionei o carro numa rua pacata do Menino Deus. Como mais ou menos 87% das ruas da cidade, havia um flanelinha por ali. Saí do carro e ele parou do meu lado e largou o clássico: "Bem cuidado, padim!" . Ali percebi que o seu olho direito era cego, totalmente branco, sem um pingo de íris. Como um ovo sem sua gema.

Enfim, fiz o que tinha que fazer e voltei pro carro. Abri a porta e o flanelinha atravessou a rua correndo em minha direção. Nisso uma BMW quase o atropelou. Falei pra ele "Calma, calma. Não precisa morrer. Eu te pago!". Ele deu um sorrisinho maroto, virou o olho branco pra mim e, piscando-o incessantemente falou: "Eu morro e não vejo tudo".

Sinixtro, rapá!

Tuesday, October 19, 2004

Conjunto Musical Gilez no Sarau Elétrico

Hoje a noite, por volta das 21h, tocaremos no Sarau Elétrico. O evento é promovido por uma trupe muito bacana, uma espécie de galera do intelectual alternativo. Infelizmente meu intelecto não é suficiente pra conseguir explicar o evento pra vocês como eu gostaria. Mas não há de ser nada. O Rodrigo, grande baixista/vocalista, já me fez esse favor. Tá lá no blog dele uma descrição breve do evento e curtas biografias dos participantes.

Se vcs tiverem preguiça de acessar o site do Rodrigo, aí vai um resumo: O Sarau é um encontro literário com figuras muito conhecidas e maneiras da cultura porto-alegrense, que rola no Ocidente (esquina da Osvaldo Aranha com João Telles). Rola um debate em torno de algum tema ou autor e em seguida uma banda dá alguma canja. Hoje a canja é nossa e o tema é pornografia. Com espírito de "I Wanna Hold Your Hand", vamos contrapor a putaria com um monte de canções ingênuas e românticas assim que terminarem os textos.

Monday, October 18, 2004

Palmas pra mim

Na verdade palmas pra nós. Hoje a minha empresa faz dois anos de vida. Há pouco mais de dois anos a gente estava assinando a papelada no cartório e depositando alguns de nossos sonhos naquele contrato social. A situação cadastral levou alguns dias para ser regularizada, então o dia 18 de outubro de 2002 é o dia em que a Soul nasceu de vez.

Parabéns pra nós. Muitos anos de vida, sucesso e que a gente consiga transformar a Soul em um lugar espetacular para se trabalhar, essencial e rentável para a vida dos nossos clientes e tenha real importância para o bem estar da sociadade.

Saturday, October 16, 2004

POLÍTICA

Fizemos o marketing político de uma candidata à prefeitura da cidade de Montenegro. Perdemos. Na verdade tomamos uma lavada. Três candidatos disputavam a prefeitura e nós ficamos em terceiro com 6 mil votos enquanto o eleito obteve 13 mil e o segundo ficou com 12 mil.

Foi a primeira campanha política com a qual trabalhamos. E, sinceramente, não sei se vale a pena investir tempo e idéias para esse fim. Toda campanha eleitoral é uma disputa por poder. Independente das propostas/índole dos candidatos, o objetivo é sempre chegar ao poder. Poder está a um passo da ganância. E mais do que nunca aprendi que a lei não se aplica a algumas coisas como deveria. Não sou burro. Sei que a constituição é teoria e que na prática é outra história. Mas fui ingênuo ao imaginar que fazendo um trabalho dentro da lei teríamos sucesso.

Recapitulando agora consigo ver as falhas do trabalho com clareza maior. Tanto nossas quanto dos demais envolvidos na campanha. É mais fácil fazer a leitura depois da história já escrita. No meu ver, os três principais motivos para nossa derrota foram, em ordem crescente, os seguintes:

1. Falta de uma imprensa séria na cidade.
Perdemos votos por não haver em Montenegro uma imprensa imparcial e também pela notável falta de qualidade e organização dos responsáveis pelos veículos. Nos programas eleitorais de rádio e TV foram incontáveis às vezes em que a ordem dos programas foi invertida, cortava-se a transmissão quando ainda restavam alguns minutos, fitas com os programas foram extraviadas, etc etc etc. Tivemos também pesquisas manipuladas e matérias tendenciosas. Ao ponto de o editor de um jornal querer ditar para nosso redator o texto do anúncio “a pedido” do dia seguinte. Enfim, uma série de fatos que levou eleitores aos outros candidatos.

2. A inexperiência.
Foi a primeira participação da empresa numa campanha política. Isso contou também para a fuga de alguns votos. Poderíamos ter feito uma campanha visual diferente e mais impactante. Poderíamos ter mudado algumas estratégias no meio quando sentimos que talvez a nossa estivesse errado. Poderíamos ter antevisto alguns problemas que só agora nos são claros. Mas, sinceramente, acho que o que mais pesou da nossa inexperiência foi o fato de termos acreditado que trabalhando dentro da lei, limpo e honesto bastaria. Jogamos limpo do início ao fim. Nossa campanha foi honesta, propositiva e não batemos nos adversários. Além disso, acabamos nos servindo como agentes reguladores dos concorrentes. Entramos com diversos recursos contra ações inconstitucionais dos nossos adversários. Trabalhamos o tempo inteiro com o código eleitoral debaixo do braço e nos certificávamos ali antes de qualquer tomada de decisão. Infelizmente percebemos agora que a disputa pelo poder não se faz de forma limpa. Não se faz somente com propostas. De forma contraditória, fomos políticos demais ao querer fazer jogo limpo e deixamos de jogar o jogo sujo da política. É o país em que vivemos. Nós não espalhamos boatos maldosos sobre adversários, não transportamos eleitores que moram fora de Montenegro para votar, não entregamos cestas básicas para eleitores, não inventamos propostas absurdas. Com certeza perder me entristece, mas a minha consciência está limpa porque sei que perdemos fazendo tudo dentro das regras.

3. A soberba
Acredito com todas as minhas forças que a soberba foi o maior responsável pela nossa derrota. Desde o primeiro minuto em que fincamos pé em Montenegro recebemos a informação de que a nossa candidata era a única que venceria com folga. O povo a amava e a colocaria para governar a cidade sem a menor sombra de dúvidas. E realmente, desde a primeira troca de olhares que tive com a nossa candidata, percebi sua seriedade, sua espetacular índole, altruísmo e boa vontade. Mas ser honesto e competente não bastava. Ninguém se deu muito conta disso. Realmente acreditávamos que a eleição estava encaminhada desde o primeiro momento. Com isso, responsáveis pela captação de recursos para a campanha não se empenharam como deveriam, responsáveis pelo jurídico custaram a iniciar sua atuação, a militância não demonstrou motivação no corpo a corpo. Até mesmo nós fomos contagiados pelo salto alto. Fechamos os olhos para problemas que certamente existiam em algumas peças de comunicação e em estratégias de marketing. Recebíamos a informação de que estávamos bem nas ruas e naturalmente acreditamos que nosso caminho estava correto. A maldita soberba manteve-se até o final. No dia anterior à eleição um dos coordenadores de um dos partidos coligados chegou para mim e disse: "Olha, vamos ter que nos esforçar muito para perder essa eleição". Tu vê só...

Mas no fim das contas, a experiência no marketing político serviu muito. Crescemos, amadurecemos e hoje eu sei que meu lugar é bem longe da política.

Gasolina

Fico com vergonha de usar qualquer meio de transporte que não o ônibus. Não tenho carro e, com a gasolina a R$ 2,29 o litro, não tenho a cara dura de pedir carona tampouco pedir o carro emprestado para alguém.