Friday, April 30, 2004

Frio+chuva

Sair de casa de manga curta e cabelos molhados. Talvez eu pegue uma friagem e possa ficar em casa de molho por alguns dias sem peso na consciência.

Thursday, April 29, 2004

Não sei o que é preciso pra se tornar um vencedor. Não sei até que ponto eu quero ser um vencedor ou simplesmente participar e chegar numa posição confortável que me permita desfrutar de comodidade. Não tenho grandes objetivos. Há algo de errado em querer apenas o conforto? Por que a gente é pressionado desde sempre pra atingir o topo? Que espécie de pressão é essa que amedronta e faz se questionar e se pressionar sobre tudo?

Coisa chata... coisa pentelha. Sabe que cansa? Vontade extrema de cagar e andar.

Tô tentando ao máximo acabar logo com isso. Será que tô mesmo?

Não leiam mais esse blog. Ele é muito chato...

Essa noite fui expulso do meu quarto e obrigado a recorrer ao sofá da sala. Nada de crise de ciúme ou besteirinhas de inveja. A discussão de se Sarah Vaughn é melhor que Ella Fitzgerald também não influenciou. Pés gelados, ronco, apinéia, roubo de coberta, falta de sono... nops. Nada.

O mosquito simplesmente tava com fome.

Retirei-me.

Wednesday, April 28, 2004

Eu que já tenho sérios problemas com aquela maldita auto-estima venho me deparando ultimamente com outro tipo de auto: a auto-piedade. É interessante perceber o quanto esses dois autos são inversamente proporcionais.

Recebi uma mijada das bem dadas ontem por uma amiga. Ou eu parava com essa mania de auto-piedade ou poderia muito bem atirar a auto-estima pela janela aqui do 5° andar do meu escritório em cima do fogo da churrascaria que tem do lado pq ela não mais teria serventia. Incrível como isso faz sentido. Enquanto eu ando pra lá e pra cá cabisbaixo, vivendo apenas para lamurear meus problemas, muita coisa acontece acima da minha linha de visão que eu vou deixando escapar.

"Saber dar a real dimensão pros teus problemas" é outra coisa que aprendi com essa minha amiga.

E enquanto escrevo essas linhas, ouço Jack Johnson como recordação e inspiração.

Tuesday, April 27, 2004

Como pode...

Meu sócio escreveu isso aqui no blog dele. Vai ver que é por isso que somos sócios.

A gente sempre esta em busca de um amor
Em busca de emoção
Procurando a solução
De um problema sem razão
Não medimos a situação
Em que deixamos o coração
E acabamos na solidão.

Pobre dele que tem que se virar

Sunday, April 25, 2004

Quando eu era criança chorar era natural. Fosse por alguma briga com colegas na escola, com a mãe que não queria comprar uma bala ou com o pai que gritava porque queria silêncio quando trabalhava em casa. Lembro de uma época em que resolvi medir o quanto eu estava amadurecendo por contar os dias consecutivos em que eu ficava sem chorar. Pena não ter guardado meu record, mas pra mim aqueles períodos sem lágrimas significavam alguma coisa. Eu tava ficando grande.

Meus últimos meses têm sido foda. E meus próximos meses vão ser foda também (é um defeito sofrer por antecipação... ao menos é meu). Mas posso afirmar pra vocês que se chorar é sinal de imaturidade, ultimamente tenho sido a mais infantil das criaturas.

Dói. E é físico assim. É uma queimação por dentro como se algo quisesse sair e simplesmente te envolver sem nunca mais soltar. É como se ele soubesse que foi a última vez que te vi, que eu te perdi pra vida, que daqui pra frente estou sozinho. E eu não sei se eu consigo. Não sei se eu quero conseguir. Eu construí a minha vida pra ti... pra nós. O que restou agora pra mim? Juntar os pedaços dessa ruína e construir uma casa com somente um dormitório. Pq eu não quero mais ninguém que não tu.

Tô realmente sofrendo pra caralho com tudo isso. Sabia que te amava, sabia que te perder me deixaria incompleto, inseguro, insuficiente. Pois tu sabia a que eu tava certo? Agora que tu se foi só resta a mim reaprender a viver. Tu sempre me diz pra eu fazer o que eu tenho vontade de fazer. Mas acredite, eu não quero reaprender a viver. Tô sendo obrigado. Não quis aprender trigonometria, movimento circular uniforme ou mesmo a tabela periódica, mas tb fui obrigado. Talvez por isso eu já tenha esquecido de tudo... assim como espero chegar o dia em que eu não precise saber viver sem tu e que todo esse reaprendizado possa também ser esquecido.

Olho pra ti e enxergo além da beleza, além da tua alma. Vejo muito mais de ti do que imaginas. É complicado pôr tudo isso em palavras. Não tenho como te explicar, mas o que eu enxergo é de um acalanto, conforto, paz. É onde tudo se completa. Tudo se encaixa... onde tudo faz sentido. Tu é o meu nirvana.

E desejo pra ti toda a felicidade do universo.

Te amo

Saturday, April 24, 2004

Deixa eu começar com essa joça aqui duma vez. Primeiro post é estranho. Parece que eu tenho que escrever um troço genial, mirabolante só pra prender a atenção de quem quer que esteja lendo isso daqui. Mas eu não vou fazer isso. Nunca em nenhum momento procure pelo mirabolante em mim pq tu não vai encontrar. Meu lance por aqui é simples. Assim como é simples o que eu procuro nos outros. Até pq não pretendo encontrar por nada mirabolante em ninguém. É nas coisas simples de cada um, de cada momento da vida que tu vai realmente descobrindo o que tu precisa saber. Se a primeira coisa que tu enxergar em alguém for mirabolante, pode ter certeza que no momento seguinte tu vai te decepcionar.

Foda atingir tuas expectativas, hein, rapá...

O que eu quero dizer é o seguinte: pára de procurar pelo espetacular e curte as coisas pequenas por aí. Desilga o ventilador de noite pra dormir com o barulho da chuva. Põe 50 centavos no chapéu do saxofonista que toca embaixo do viaduto só pra ver o meio sorriso na sua embocadura e seus dois olhos piscarem em agradecimento. Fecha os olhos quando tu ouve a música que te lembra o amor da tua vida de quem tu tá separado agora e faz de conta que um dia vcs vão ser felizes.

Odeio essa frase:
"Calma meu, com o tempo passa."
Foda-se se for verdade ou não. Não quero mais ouvir.