Sunday, April 25, 2004

Dói. E é físico assim. É uma queimação por dentro como se algo quisesse sair e simplesmente te envolver sem nunca mais soltar. É como se ele soubesse que foi a última vez que te vi, que eu te perdi pra vida, que daqui pra frente estou sozinho. E eu não sei se eu consigo. Não sei se eu quero conseguir. Eu construí a minha vida pra ti... pra nós. O que restou agora pra mim? Juntar os pedaços dessa ruína e construir uma casa com somente um dormitório. Pq eu não quero mais ninguém que não tu.

Tô realmente sofrendo pra caralho com tudo isso. Sabia que te amava, sabia que te perder me deixaria incompleto, inseguro, insuficiente. Pois tu sabia a que eu tava certo? Agora que tu se foi só resta a mim reaprender a viver. Tu sempre me diz pra eu fazer o que eu tenho vontade de fazer. Mas acredite, eu não quero reaprender a viver. Tô sendo obrigado. Não quis aprender trigonometria, movimento circular uniforme ou mesmo a tabela periódica, mas tb fui obrigado. Talvez por isso eu já tenha esquecido de tudo... assim como espero chegar o dia em que eu não precise saber viver sem tu e que todo esse reaprendizado possa também ser esquecido.

Olho pra ti e enxergo além da beleza, além da tua alma. Vejo muito mais de ti do que imaginas. É complicado pôr tudo isso em palavras. Não tenho como te explicar, mas o que eu enxergo é de um acalanto, conforto, paz. É onde tudo se completa. Tudo se encaixa... onde tudo faz sentido. Tu é o meu nirvana.

E desejo pra ti toda a felicidade do universo.

Te amo