Tuesday, December 21, 2004

Momento esportes

Morei nos Estados Unidos por 4 anos e meio. Fui com 6 anos e voltei com 11. Lá eu era referência nos esportes do meu ano no colégio. Eu era sempre o mais rápido, o mais ágil, o último a ser pego no caçador. Era inclusive a quem o professor de educação física recorria quando precisava de um companheiro para demonstrar algum exercício para a turma. Meu irmão sempre disse que se a gente tivesse ficado por lá, eu certamente teria seguido carreira em algum esporte. Muito provavelmente o futebol americano como wide-reciever. Sempre me avaliei como sendo um cara relativamente coordenado e que teria condições de praticar qualquer esporte.

Isso até ontem quando fui convidado pra jogar paddle. A atuação foi tão lamentável que se o Pedro Almodóvar tivesse filmado minha performance, teria chamado a película de "Má Coordenação".

Mas compensei hoje na academia. Corri 2 KM em 7 minutos. Não é suficiente. De noite jogo uma hora de basquete, faço um intervalo de 15 minutos e vou pra mais uma hora de futebol.

Adoro terças-feiras.

Tuesday, December 14, 2004

Heaven, I'm in heaven

Comprovei a existência dos anjos ontem ao assistir a Norah Jones ao vivo. Ela é doce, sua voz é suave, tenra e ouvi-la é estar em paz. Desde o momento do término da apresentação ouço tocar repetidas vezes a música Cheek to Cheek de Irving Berlin em minha cabeça. Pode parecer estranho não estar cantarolando uma melodia interpretada pela moça, mas leiam os 3 primeiros versos e vocês entenderão:

Heaven, I'm in heaven
And my heart beats so that I can hardly speak
And I seem to find the happiness I seek


Ao dar o primeiro passo no palco, Norah me arrancou suspiros. Ao primeiro acorde de seu piano, Norah me arrepiou a nuca como se estivesse sussurrando ao pé do meu ouvido. Mas foi tocando Come Away With Me que senti este anjo segurar-me pela mão e mostrar que nada há de mais significante nessa vida que a expressão límpida de sentimentos puros. Lágrimas suavemente desciam pela minha face enquanto eu sentia-me regressando ao colo materno e sussurrando para minha mãe: "Que vontade de ir junto com essa música, mãe." Desta vez eu fui.

Foi nesse êxtase que passei o final da noite de ontem. Queria que ele se prolongasse eternidade a dentro. Queria não precisar soltar a mão deste anjo, que ele me levasse junto com a canção.

Eu continuo aqui, no meu dia-a-dia mortal, quase igual ao de ontem. Diferente apenas graças à memória mágica de uma noite especial em que passei em paz.

Friday, December 10, 2004

Caligrafia

Minha caligrafia sempre foi muito feia. Cansei de reescrever meus trabalhos: uma na entrega e outra quando o professor mandava passar a limpo. Até que chegou num ponto, mais ou menos no segundo ano do segundo grau, em que eu resolvi deixar a letra cursiva de lado e facilitar minha vida e a dos meus professores voltando à letra de forma. Excelente. Funcionou.

Qual não foi minha surpresa essa semana ao tentar escrever novamente com letra cursiva? Eu não sei mais!!! Simplesmente esqueci! Não sei escrever em letra cursiva mais! De alguma forma meu cérebro julgou não ser mais necessário armazenar essa infomação e a pôs pra fora, pelo mijo ou suor.


Montevideo

Bem, tô indo pra Montevideo no Revellion. Essa semana liguei para três hotéis atrás de informações turísticas e reservas. Imaginem, meu castelhano só não é mais fiasquento que minha letra cursiva. As conversas foram tão cômicas que, ao tentar me fazer entender, acabei externando meu portunhol tão pausadamente que acabou saindo um português com sotaque japonês. "É quarta-feira, né?".

Vou ver se uso esse espaço deixado vago no meu cérebro pela letra cursiva para aprender espanhol até o dia 29.

Friday, December 03, 2004

Gang - Soul

Já está nas lojas a nova campanha da Gang. Amanhã vai para as ruas em outdoors e frontlights. A criação da campanha foi da minha agência, a Soul Criatividade Estratégica e foi uma delícia fazê-la do início ao fim. Claro que deu alguns estress, confusão, trabalhos em finais de semana, noites. Mas no fim, ver uma campanha assim feita por nós é absurdamente recompensatório.

Dêem uma olhada: