Tuesday, June 21, 2005

Palhaçada

Não existem limites pros absurdos que leio a cada dia sobre corrupção. É claro que revolta. Quem em sã consciência, contribuinte honesto com impostos de pessoa jurídica e física em dia não se revolta com esses palhaços que nos fazem de palhaços dia após dia? Deus do céu, o que eu posso fazer pra ajudar a limpar esse país? Trabalhar honestamente, pagar meus impostos, praticar a justiça e o bom senso dos homens?

Mas, lamento, isso não vai adiantar. A cultura e os costumes desse povo é que estão todos do avesso. E digo de quem é a culpa: do Galvão Bueno. Infelizmente uma besta como essa é formadora de opinião de um povo ignorante e analfabeto que aprende na vida que matar por um par de tênis com amortecimento é o certo. Quantas vezes vocês ouviram o Galvão Bueno enaltecendo as malandragens e as firulas dos atletas brasileiros ou tirando um sarro da equipe adversária que não tem a manha nem a capacidade moleque e malandra dos brasileiros de enganar o juiz? E é esse o proveito que o povinho sem educação tira da televisão. A cultura que se aprende nesse país é a da tiração de vantagem. Se eu souber tirar o máximo de proveito pra mim, que se dane o próximo. Eu estou sendo malandro, eu estou sendo esperto e estou me dando bem. É isso o que importa. Quem se dá mal é porque é burro, é honesto. Tem mais é que se f%#$er mesmo.

E não tem nem como culpar o povo. Ele é ensinado a pensar assim desde pequeninho, em casa, no colégio, na TV. Eu, por exemplo, já fui passado pra trás inúmeras vezes, ora por ingenuidade, ora por tentar praticar o correto pondo o bom senso acima dos meus interesses próprios. Em outras ocasiões foi por simples burrice mesmo. Se eu não tivesse a índole herdada de meus pais, eu já teria a horas incorporado a síndrome da tiração de vantagem.

Ó Deus, nós aqui embaixo não temos mais jeito. Opereis um milagre e façais prevalecer na terra o bom senso Divino. Ou pelo menos cale a boca do Galvão Bueno. Já seria um começo.