Acontece no cinema ocidental, acontece na cultura oriental
Uma das imagens do cinema que mais marcaram a minha infância/adolescência/vida em geral é uma das cenas finais de Indiana Jones e a Última Cruzada. Indiana está em frente à passagem que leva à câmara onde supostamente estaria o Santo Graal. Antes dele adentrar pela passagem, seu pai (Sean Connery) é baleado pelos bandidos. Só o que poderia salvá-lo era a água benta trazida dentro do Santo Graal. Indiana entra, escolhe o cálice certo e volta, derramando a água sobre a ferida do velho. Todo e qualquer resquício de ferida é instantaneamente lavado e eu achei aquilo muito afudê. Que bala seria inventarem um remédio que pudesse sarar na hora as minhas raladas no futebol, nas quedas do bici-cross, nas descidas de skate na lomba do prédio.
Então sábado, após mais um carrinho no jogo semanal de futebol de campo, novamente deixo exposto a minha carne ao ralar minha perna no gramado pouco gramado do campo. Chego em casa e reclamo pra minha japonesinha que entusiasmada diz pra mim: “Tenho uma solução pra isso!”
Nunca imaginei que solução na frase dela fosse tão abrangente: solvência, sistema homogêneo com mais de um componente, resolução de problema, etc.
Existe uma planta japonesa chamada dokudami que, quando combinada com álcool, torna-se um potente remédio. E não é que a cena do Indiana Jones saltou das telas pra vida real?
Foi uma dor violenta. Ardeu pra caralho, como se eu tivesse deslizado num escorregador de giletes e caído numa piscina de vinagre. Mas depois da ardência, veio a bonança. Recomendo!