Wednesday, September 01, 2004

Irmão

Na madrugada de sábado pra domingo recebi uma das notícias mais relevantes e marcantes para mim nestes 27 anos de vida. O pai do meu irmão havia falecido. Não do meu irmão de sangue (nosso DNA não possue sequer dois pares de cromossomos que combinem). Mas do meu irmão por afinidade. Por opção...

O primeiro sentimento que se abateu sobre mim foi uma moleira nas pernas e uma necessidade de sentar. Como que de supetão, logo em seguida fui tomado por uma fulminante sensação de impotência. O que eu, mero mortal, seria capaz de fazer para amenizar o momento do meu irmão?

Cara, só te digo o seguinte: vou ficar do teu lado se tu precisares de alguém em quem se apoiar. Vou falar caso queiras ouvir. Vou ficar em silêncio caso queiras refletir. Vou beber contigo se quiseres esquecer. Vou rezar contigo caso precises te confortar. Vou gritar junto contigo caso precises espairecer.

Não tenho noção do que estás passando agora. Posso apenas imaginar e fazer o que eu puder para colaborar. Afinal, já passamos dos limites da amizade e estamos há muito percorrendo campos fraternos. Tu sempre prestou conselhos sábios, confortou em momentos difíceis, celebrou momentos de vitória... enfim. Tu é meu irmão por tudo o que já fizeste por mim, mesmo sem se dar conta, e também por ser essa pessoa extraordinária que és. Por isso tudo te agradeço.

Não tive o prazer de conviver muito com teu pai. Mas tu e teu irmão são a prova viva de que a missão dele aqui na Terra não foi em vão e foi totalmente cumprida.

Um forte e gigantesco abraço, irmão.